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Síndrome da Morte Súbita em Bebês

Síndrome da Morte Súbita em Bebês

A possibilidade de que seu bebê Recém-nascido possa morrer enquanto dorme, vítima da síndrome da morte súbita, é um pesadelo que atormenta muitos pais. Nos casos estudados, a maioria das crianças estava de bruços no momento em que deixou de respirar. O dado intrigante é que elas eram aparentemente saudáveis, capazes de reagir instintivamente à ameaça de sufocamento – ou mudando de posição ou chorando.

Pesquisadores do Hospital das Crianças de Boston e da Universidade Harvard encontraram uma explicação para a síndrome da morte súbita em bebês relacionando a morte no berço a falhas na produção e no fluxo do neurotransmissor Serotonina numa região específica do cérebro, o tronco cerebral. Nessa área, a substância é responsável pelo controle de funções vitais como a respiração, o despertar, a sensibilidade ao gás carbônico, a percepção da dor, a frequência cardíaca, a temperatura corporal e a pressão arterial, entre outras.

             A DESCOBERTA

-A morte no berço está associada a defeitos na produção e no fluxo de Serotonina no cérebro dos bebês;

-Essas falhas foram identificadas no Tronco Cerebral (formado por Mesencéfalo, Ponte e Bulbo);

-Nessa área do cérebro, a Serotonina comanda a respiração, o despertar, a percepção da dor, a frequência cardíaca, a temperatura corporal e a pressão arterial, dentre outras funções vitais.

Quando uma criança dorme com o rosto voltado para o travesseiro, ela reinala o gás carbônico exalado na respiração e, com isso, inspira menos oxigênio. Normalmente, o aumento dos níveis de gás carbônico ativa o fluxo de serotonina, fazendo com que o bebê desperte, respire mais rápido, e de alguma forma evite a asfixia. Em bebês com a síndrome, as falhas no sistema de liberação de serotonina impedem estes reflexos. O estudo baseou-se na comparação da necropsia do cérebro de 31 bebês fulminados pela morte no berço e de 10 bebês vítimas de outros tipos de morte.

O risco de morte súbita entre bebês que dormem de bruços é até 9 vezes maior. É por isso que se recomenda que eles sejam colocados de barriga para cima. Devem se evitar também travesseiros fofos e altos e o excesso de cobertas. Essas medidas, além de ajudar a evitar o risco de sufocamento impedem a hipertermia. Como o sistema de regulação da temperatura corporal do bebê não está totalmente formado, pode ocorrer um desajuste que leva a uma diminuição dos batimentos cardíacos e do ritmo respiratório. O controle de sistemas vitais das crianças só está completamente maduro ao fim do primeiro ano de vida.

A incidência morte súbita é maior entre bebês de 2 a 5 meses, e o mal afeta mais meninos do que meninas. Os pediatras acreditam que a descoberta das causas da morte no berço possa levar a exames preventivos e mais provável é que se crie um teste capaz de medir a quantidade de serotonina no cérebro dos bebês.

  

Revista Veja – Resposta para um Pesadelo – 2008